segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O fim... e agora apenas a esperança... a esperança de um dia os nossos caminhos se voltarem a cruzar. De os nossos corações se voltarem a encontrar. O meu pertençe-te...


Saudade

Apetece-me gritar. Gritar de angustia. Da angustia de te ter perdido.
No vazio enorme que sinto sem ti a meu lado. Nesta imensa solidão em que os meus dias, as minhas horas e os meus minutos se tornaram.
Sinto uma saudade imensa. Profunda, visceral...
Tenho saudades de ti ao meu lado, tenho saudades da tua presença em mim mesmo na tua ausência. Tenho saudades de adormecer a teu lado. De perder o meu olhar no teu rosto enquanto dormias até te fazer acordar.
Tenho saudades das tuas pequenas manias e habitos. Tenho saudades dos passeios na praia. Tenho saudades das paisagens que atravessamos os dois e que para sempre em mim vão ser sempre só nossas...
Tenho saudades da roda dos Champs Elysees, de olhar para ti com as luzes da cidade em fundo. Do Hotel Les Argonautes, de percorrermos os dois as ruelas do Quartier Latin, do recital que escutamos os dois, dos campos e das montanhas que atravessamos, das igrejas que visitamos, das ruas de Sarlat, dos castelos e quintas que vimos...
E depois tenho saudades do futuro... Desse futuro que deitei a perder a teu lado... das viagens por realizar, das palavras por dizer, das dificuldades por ultrapassar, das grandes tristezas e das grandes alegrias, dos olhares de amor, dos olhares de raiva, dos olhares de orgulho, dos olhares de sedução, de ver crescer em conjunto aquelas que a mais queremos...
Como fui cego... como fui imensamente cego... Agarrado aos medos de um passado.
Amo-te...

domingo, 29 de novembro de 2009

sábado, 28 de novembro de 2009

Naufrago

Tremo de frio. Só. Perdido no oceano de solidão que a tua ausência me deixou. Passam pessoas, amigos, conhecidos, ondas no mar alto. E agarro-me às noticias e palavras de ti, como se de escolhos flutuantes se tratassem, trazidos por ondas que passam e se afastam.
Procuro no horizonte uma luz. Procuro uma pequena luz como se de um farol de salvação se tratasse. Um sinal de que tu, o meu porto de abrigo, ainda existe...

Amar

Não ames pela beleza, pois um dia ela acabará. Não ames por admiração, pois um dia desiludir-te-ás. Ama apenas, pois o tempo nunca pode acabar com um amor sem explicação.(Madre Teresa de Calcutá)

Vento de Ausência

Os dias passam a correr. O tempo voa. Lá fora, sinto a vida a pulsar de movimento. No entanto, a vida para mim está suspensa no vazio da tua ausência... No vazio da ausência do teu rosto, do teu sorriso e do som da tua voz... Mil planos me assaltam a mente para te reconquistar. Mil planos me assaltam para poder conseguir vir a sentir mais uma vez o teu perfume junto a mim. A ida ao deserto, a descoberta de novos locais e novas paisagens. As viagens agora eternamente adiadas. O olhar perdido no teu olhar... a agora lembrança do teu olhar.... mil vezes por dia me perco na visão do teu rosto virtual, representado por uma fotografia, e, cada vez que te olho, cada vez que no meu pensamento os contornos do teu rosto se despertam, morro um pouco mais com a ausência da tua presença... Amo-te. Da mesma forma como há um ano atrás, fugi à vida e à felicidade, agora te digo: AMO-TE.(ponto)
E é esta a essência da minha alma. As palavras que me assaltam a cada minuto do dia e que sei que não te posso dizer. A busca do teu olhar, o sentir do teu perfume, o ouvir da tua voz...
Se amar é isto, esta ausência vivida, sentida como se de uma amputação de um qualquer membro se tratasse, então amo... e sinto-me sem pernas para andar... Como me arrependo de ter medo de viver... como me arrependo de não ter rompido com o passado e com todos os receios de experiências já vividas de uma forma negativa... E agarrado a cadáveres de outras vidas, deitei a perder o nascimento de uma nova vida, de um despertar para a felicidade...
Agora, receio ser tarde demais. E este pensamento que me assalta, apesar de uma infima esperança de renascimento, causa em mim o maior dos males, a maior das mágoas; a de te ter tido e de te ter perdido, por cegueira, no fundo, de VIVER...
Como me arrependo das flores que não te dei, das palavras que não te disse, das surpresas que não te fiz, dos compromisssos que não assumi, das horas que não cumpri, dos desejos que não respeitei, do Amor que não te dei... como me arrependo, e, agora, é tarde demais...
Grande lição esta que a vida me deu... Tive nas mãos a felicidade e deixei-a escapar por entre os dedos. E porque? Porque estava distraido, ligado ao acessório e aparente, sem tomar atenção à essência, ao verdadeiro significado dos gestos, dos desejos e das vontades, às maiores declarações de Amor não verbalizadas, mas imensas no seu alcançe... tantas vezes me disseste AMO-TE sem o dizeres... e eu cego não o entendi...
A tua ausência dói-me. Muito.
Cada dia que passo sem o teu Amor, significa para mim um deserto frio e sem vida. Uma solidão sem fim. Uma escuridão assustadora...
Sei agora o quanto te amo. Sei agora a falta que me faz o teu amor.
Preciso de ti porque te amo.
Tiros nos pés... Que raio de nome... Mas a verdade é esta... Quando ama-mos, é muito fácil carregar a arma e disparar nos pés... tão fácil que assusta. As definições de amar, são tantas quanto a visão dos autores sobre o tema. Numa coisa todos estamos de acordo, Amar, o Amar com A grande, não é fácil... O sofrimento é algo inerente e acoplado ao acto de amar. Até porque no acto em si, a ausência do egoismo inerente a cada um de nós, inerente ao ser humano, revela em si a verdadeira essência do acto de amar. E neste turbilhão, é muito fácil carregar a arma e disparar sobre nós. O Amor é louco, o amor é irracional e expontâneo, logo, livre de predicados racionais tão em voga nos nestes tempos que são os nossos...