Apetece-me gritar. Gritar de angustia. Da angustia de te ter perdido.
No vazio enorme que sinto sem ti a meu lado. Nesta imensa solidão em que os meus dias, as minhas horas e os meus minutos se tornaram.
Sinto uma saudade imensa. Profunda, visceral...
Tenho saudades de ti ao meu lado, tenho saudades da tua presença em mim mesmo na tua ausência. Tenho saudades de adormecer a teu lado. De perder o meu olhar no teu rosto enquanto dormias até te fazer acordar.
Tenho saudades das tuas pequenas manias e habitos. Tenho saudades dos passeios na praia. Tenho saudades das paisagens que atravessamos os dois e que para sempre em mim vão ser sempre só nossas...
Tenho saudades da roda dos Champs Elysees, de olhar para ti com as luzes da cidade em fundo. Do Hotel Les Argonautes, de percorrermos os dois as ruelas do Quartier Latin, do recital que escutamos os dois, dos campos e das montanhas que atravessamos, das igrejas que visitamos, das ruas de Sarlat, dos castelos e quintas que vimos...
E depois tenho saudades do futuro... Desse futuro que deitei a perder a teu lado... das viagens por realizar, das palavras por dizer, das dificuldades por ultrapassar, das grandes tristezas e das grandes alegrias, dos olhares de amor, dos olhares de raiva, dos olhares de orgulho, dos olhares de sedução, de ver crescer em conjunto aquelas que a mais queremos...
Como fui cego... como fui imensamente cego... Agarrado aos medos de um passado.
Amo-te...
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
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